Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

7 MOTIVOS PELOS QUAIS ALGUNS PASTORES NÃO PREGAM MAIS AS PROFECIAS DO FIM DOS TEMPOS

Preaching-end-times

Após 68 anos de ministério e convidado a falar em centenas de púlpitos, muitas vezes me pergunto por que a maioria dos ministros se calam para ensinar as profecias bíblicas em seus púlpitos, ainda mais quando, particularmente, 28% da Bíblia já era profética na época em que foi escrita.

O Dr. John Walvoord, um grande estudioso das profecias, identificou mais de 1000 profecias em seu livro The Bible Prophecy Handbook (O Livro de Bolso da Profecia Bíblica). Dessas profecias, mais da metade já se cumpriram literalmente, dando-nos a certeza de que a outra metade são as profecias do fim dos tempos, as quais também serão cumpridas literalmente. Essas profecias compridas deveriam facilitar o entendimento de que estamos vivendo dentro ou perto do que a Bíblia chama de “últimos dias” e “fim dos tempos”.

Dentre os muitos sinais já cumpridos do fim dos tempos, nenhum deles é mais óbvio do que a própria existência do povo judeu que agora vive em sua terra natal, tendo sido conduzidos ou migrado voluntariamente, saindo de mais de 170 nações do mundo durante os últimos 125 anos ou mais.

Qualquer um que esteja familiarizado com essa grande previsão do fim dos tempos, entende o que Jesus Cristo quis dizer no seu discurso no Monte das Olveiras: Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. ” Mateus 24:32 A figueira representa a nação de Israel. Em outras palavras, quando o povo judeu começasse a voltar para sua terra, saberíamos que o sinal do Seu retorno e o fim estavam “próximos”.

Muitos estudiosos da profecia consideram o discurso do Monte das Oliveiras a profecia mais importante para o fim dos tempos no Novo Testamento. Pessoalmente, acredito que ela nos mostra que, entre o terrorismo islâmico do Oriente Médio e muitos outros sinais do fim, estaríamos perto do que chamo de “o fim do fim dos tempos”. A tragédia é que a maioria dos púlpitos das nossas igrejas ficam praticamente calados sobre esse assunto.

Como um pastor e professor dos ensinos bíblicos, vejo que não há nada mais inspirador ao evangelismo e ao crescimento espiritual do que ensinar sobre a profecia bíblica e a certeza da Segunda Vinda de Jesus. (Essa é a única fonte de esperança e conforto para as pessoas que estão vivendo num tempo em que o homem secular está tão obviamente provando para si mesmo ser incapaz de compreender o caos que está explodindo na maior parte do mundo, particularmente dentro e ao redor de Israel).

E ainda assim o mais incrível é que aqui estamos nós, vivendo num tempo no qual Deus já revelou a maior parte de Seus planos maravilhosos para a nossa vida eterna futura em Sua Palavra, e mesmo assim muitos púlpitos permanecem em silêncio sobre essa verdade confortadora que é tão óbvia quando estudamos as profecias sendo cumpridas. Por que? Acredito que existam muitas razões. Consederemos algumas que seguem:

  • O Pastor não toma a Bíblia de forma literal como Deus deseja:

Muitas grandes denominações e algumas igrejas reformadas não tomam a Bíblia de forma literal. Por mais que você espiritualize ou alegorize o significado das coisas de Deus, você só vai tornar as coisas ainda mais ininteligíveis. Além de que, aqueles que não tomam a Bíblia de forma literal, muitas vezes ridicularizam aqueles que assim o fazem, acusando-nos de sermos “cabeça-dura na interpretação das Escrituras”.

Acreditamos que Deus disse o que Ele desejou que soubéssemos quando Ele falou através do Seu Espírito Santo para profetas especiais e apóstolos, e mesmo assim deveríamos entender o que Ele queria dizer para aquela geração e que também tivesse um sentido prático à nossa geração. A linguagem é algo que se modifica através dos anos. Depois de 300 anos ainda temos dificuldade em entender Chaucer e Shakespeare em sua linguagem original. Algumas partes da Bíblia foram escritas há mais de 3000 anos atrás. Somos afortunados hoje por termos acesso à muitas traduções modernas e estudos bíblicos nos quais estudiosos da Bíblia têm interpretado de maneira apropriada os equivalentes modernos das antigas Escrituras.

Também acreditamos que existem muitas passagens que incluem símbolos, metáforas e figuras de linguagem que devem ser consideradas à luz de seu contexto original para estarmos certos da exatidão de seu significado original.

  • O Pastor até toma a Bíblia de forma literal, exceto os 28% que são proféticos:

Por outro lado, algumas igrejas evangélicas têm adotado uma estranha ideia, proposta por Agostinho no Século XV DC, de que a Bíblia deveria ser tomada de forma literal, exceto as passagens proféticas. Dessa forma, eles evitam ensinar as profecias, mesmo em meio a muitos sinais existentes em nossa era moderna que são óbvios sinais do fim. Um desses sinais é o retorno milagroso da nação de Israel à Terra Santa em nossa geração. A própria existência de 4000 anos depois do Pai Abraão que iniciou o povo hebreu, mesmo depois de muitas nações terem sido tragadas nas areias do tempo, só isso já é um milagre. No entanto, hoje, Israel existe e ocupa os noticiários de TV, rádio e a mídia ao redor do mundo, exatamente como os profetas e apóstolos previram para os últimos dias.

  • O Pastor recebe sua educação de professores seculares:

Muitos seminaristas e até mesmo colégios cristãos têm empregado professores baseados nos seus méritos alcançados em sua “formação e graduação” de colégios seculares, onde o programa de educação central são seculares ou hostis ao Deus da Bíblia, ou simplesmente ignoram tudo isso ao mesmo tempo. A maioria desses professores ridicularizam aqueles que tentam ensinar a natureza divina da bíblia, particularmente as profecias futuras.

Meu bom amigo, o Dr. Howard Hendricks, propagou um princípio educacional muito importante: “Você não pode transmitir aquilo que você não possui”. O que é chato é que o silêncio dos nossos pastores sobre não lidarem com as profecias é porque eles sabem muito pouco sobre elas. Educadores que têm experiência pastoral nem mesmo colocam isso no seu currículo, mas eles põem suas “formações e graduações”. Isso pode ajudar suas universidades ou seminários a ganhar a acreditação das associações regionais de acreditação, mas isso também significa que os pastores não estão sendo treinados para “pregar a Palavra” como fizeram os apóstolos Paulo, Pedro, Tiago e outros que já alertavam sobre isso. Seria melhor para as igrejas de todos os lugares se os seminários encontrassem homens com experiência de duas ou três décadas de pastoreio com sucesso para ensinarem à próxima geração como pastorear e pregar a Palavra de Deus.

  • O Pastor não quer ter trabalho de estudar a Palavra de Deus:

Eu sei que estudar as profecias é algo trabalhoso, e estudar já é algo trabalhoso. Isso requer um pastor com uma forte disciplina no estudo da Bíblia, para que ele possa transmitir uma boa sabedoria baseada nas mensagens da Bíblia no fogo do Espírito Santo. Entendo a necessidade de se ministrar para muitas almas necessitadas na congregação, mais ainda as pessoas da igreja e outros problemas inesperados que surgem para todo pastor. No entanto, quando falamos sobre pregação, eu nunca esqueço o conselho que meu pregador e tio, o Dr. E. W. Palmer me disse: “Filho, nunca vá para o púlpito despreparado. Retire grandes pedaços de carne da Palavra de Deus e alimente seu rebanho e seja evangelístico”. Com a ajuda de Deus, tenho tentado seguir esse conselho.

A importância da preparação de um sermão foi graficamente ilustrada para mim uma noite por um de nossos muitos psicólogos cristãos da Family Life Seminars, o Dr. Henry Brandt. Ele nunca criticou seu pastor de maneira privada para mim, exceto naquela noite. Percebi que ele estava tenso quando falou: “Meu pastor nunca estuda o suficiente para ministrar às necessidades de nossa congregação. Toda semana eu vou para a igreja depois de trombar com muitas pessoas necessitadas orando ‘Oh, homem de Deus, preciso ouvir uma mensagem de Deus hoje para me inspirar a ser uma bênção espiritual nesse mundo louco de hoje’. Mas o meu pastor não estuda a Palavra o bastante para nos passar uma mensagem poderosa de Deus”. O pastor nem mesmo fica muito tempo na igreja.

Para ser honesto, essa conversa veio direto ao meu coração, pois comecei a examinar os meus próprios hábitos de estudo. Maridos ocupados e pais têm todo o direito de esperarem por uma mensagem que estimule suas almas, para que possam ser espiritualmente encorajados no aprendizado das verdades bíblicas quando eles estiverem no seu trabalho. Isso não pode ser feito a não ser que o pastor estude cuidadosamente sua Bíblia antes que ele entre no púlpito. É verdade que somos comissionados a pregar todo o conselho de Deus, nada é mais inspirador do que pregar algumas das muitas promessas da breve vinda de Jesus. Pois isso é o que o apóstolo Paulo chamou de “esperança abençoada” (Tito 2:13), e pelo menos escreveu duas vezes que temos que “confortarmos uns aos outros com essas palavras” (1 Tessalonicenses 4:18).

  • O Pastor não quer ser um ávido leitor:

Um bom pregador deve ser um ávido leitor. O apóstolo Paulo avisou ao jovem pregador Timóteo, seu filho na fé, a dar atenção à leitura para que ele pudesse fazer um bom uso de seu dom de pregação e ser um bom exemplo para os crentes (1 Timóteo 4:9-16). Esse conselho pastoral de um construtor da igreja, bem viajado e apóstolo experiente, faz de Paulo um exemplo a ser seguido pelos pastores de hoje.

Mesmo que seja importante lermos bastante hoje em dia, é ainda mais importante para os pastores e professores que não leiam apenas os escritos de homens cheios do Espírito, mas mais importante, a Palavra de Deus. Se você ler a Bíblia regularmente e memorizar aquelas passagens que falam particularmente a você, ou àquelas que respondem questões específicas que você tenha, o Espírito Santo irá trazê-las à sua memória quando você mais precisar delas.

  • O Pastor é influenciado por charlatões, fanáticos e interesseiros:

Outra razão pela qual os púlpitos ficam silenciosos sobre a profecia é por causa do abuso de alguns charlatões, fanáticos sem direção e até mesmo fundadores de falsos cultos bem conhecidos. A maioria deles já degradou o verdadeiro ensinamento da profecia ao colocarem datas que já se provaram serem falsas e foram proibidas pelo Senhor e Seus apóstolos. Essa é até mesmo mais uma razão pela qual os púlpitos deveriam ser usados para ensinar a verdade sobre o fim dos tempos e as profecias futuras, para que os cristãos não fossem enganados quanto mais perto ficamos da chegada do Senhor no fim da era.

  • O Pastor acha que as pessoas não estão interessadas nas profecias bíblicas:

Alguns pastores acreditam na falsa ideia de que os cristãos não estão interessados na profecia bíblica. Essa noção tem ficado popular depois da Segunda Guerra Mundial, quando a paz se tornou mais proeminente, mas tem tempo que ela já foi. Estamos vivendo nas “guerras e rumores de guerras” na mente de quase todas as pessoas (Mateus 24:6). Parece que a paz hoje em dia é algo que parcamente vemos em nosso horizonte do passado. E ainda mais onde nações mentirosas possuem bombas atômicas e de nêutrons, como o Irã, que rapidamente marcha em direção a ambas e um sistema de mísseis que poderia alcançar o mundo todo na próxima década, são notícias que não nos deixam ter um sono tranquilo.

Na verdade, a noção de que as pessoas não estão interessadas na profecia bíblica é uma ferramenta de Satanás para anular a igreja e colocar a mente dos cristãos para dormir. Nada energiza mais o corpo de Cristo do que um evangelismo espiritual poderoso como o ensinamento que nos mostra o quão perto estamos da chegada de Cristo e o fim das eras.

Por exemplo, uma das principais razões pelas quais nós sabemos que Jesus é o escolhido e o único Messias enviado por Deus para esse mundo, é porque Ele cumpriu mais de 109 profecias do Velho Testamento durante seus curtos 33 anos de vida. Nenhuma outra pessoa sequer chega perto de tal tipo de cumprimento de profecia. E ainda assim vemos estudiosos da Bíblia nos dizendo que ainda existem 321 profecias sobre Sua Segunda Vinda e o arrebatamento da Sua igreja antes dos sete anos de Tribulação e a instalação do Seu reinado de 1000 anos. Uma vez que sabemos que Sua primeira vinda é um fato histórico, podemos ter certeza de que a Sua Segunda Vinda também é verdade.

Eu conheço pessoalmente a maioria dos pastores das igrejas emergentes e mega-igrejas por todo esse país (EUA). Não é de me surpreender que a maioria deles frequentemente prega sobre a profecia Bíblica. As pessoas estão sedentas em saber sobre o fim dos tempos e o que Deus tem a dizer sobre isso.

Se me permitirem fazer uma ilustração pessoal, eu pastoreei uma boa igreja em San Diego por 25 anos. Dr. David Jeremiah foi chamado para me substituir em 1981. Esse ano, no domingo de Páscoa, 34 anos depois, essa mesma igreja tinha 13000 pessoas atendendo em seus múltiplos serviços de adoração, crescendo e se estendendo em vários campos. De fato, durante aproximadamente os 60 anos nos quais dois de nós a pastoreamos, nós dois pregávamos através do livro de Apocalipse por mais de duas vezes. E esse é o único livro da Bíblia que a maioria dos pastores nunca ensinam, pois eles foram ensinados nos seminários que “é muito difícil para o povo de Deus entendê-lo”, ou pior, “as pessoas da igreja não estão interessadas na profecia”. Acredito que ambas as desculpas são mentiras ditas diretamente pelo diabo.

Pregar as profecias já cumpridas é prova da fidelidade de Deus para com Seu povo no passado. As profecias do fim dos tempos futuros nos ensinam sobre o quão maravilhoso é o plano Dele para nosso incrível futuro. Espero que estejam participando de uma igreja onde o seu pastor pregue a profecia bíblica. Afinal de contas, o apóstolo Paulo chama isso de “esperança abençoada”. Se você ouvir isso na sua igreja, leia sobre isso na sua Bíblia, estude como os Patriarcas da igreja primitiva, memorize-a e medite nela, o apóstolo João e nosso Senhor prometeram a você uma “bênção”: Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3