A GOOGLE ADMITE QUE SEUS MICROCHIPS DE ALTA TECNOLOGIA IRÃO LITERALMENTE ENTRAR NA CABEÇA DAS PESSOAS, LER SEUS PENSAMENTOS E SATISFAZER SUAS NECESSIDADES DE DADOS ENVIANDO OS RESULTADOS DIRETO PARA SEU CÉREBRO
A gigante online Google admite que seus acessórios vestíveis sejam meramente um degrau para sua ambição final: um microchip que pode ser implantado no cérebro de seus usuários. A companhia, que utiliza seus serviços de procura, email e outros para afunilar procuras personalizadas a seus usuários, está atualmente testando protótipos do seu aparelho Google Glass, que é vestido como um par de óculos. Mas a Google está apostando seu futuro num novo serviço onde irá usar as informações que possui de seus usuários registrados para automaticamente prever suas necessidades de procura e apresentar a eles os dados que eles querem.
A ambição final é literalmente entrar na cabeça dos usuários: usando resultados de pesquisas para ler seus pensamentos e então supri-los com os dados que eles querem e enviando os resultados diretamente a microchips implantados no cérebro das pessoas. Bem Gomes, o vice-presidente de Pesquisa disse ao The Independent que essa visão que soa sinistra está longe de ser uma fantasia de ficção científica e que as pesquisas já começaram com tais chips. Mas a pedra no caminho dessa ambição são os defensores das grandes liberdades civis que afirmam que a Google conspirou com o as autoridades dos EUA a abrirem um “back door” (porta dos fundos) de acesso aos dados de centenas de milhões de usuários, permitindo a espiões que monitorem suas atividades online. A companhia, cuja frase “Não seja mal”, há muito tempo tem atraído os interesses de companhias privadas, alegou que permitiu aos analistas da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) “minarem” terabytes de informações pessoas que eles têm.
No então chamado programa PRISM, foi revelado no mês passado num série de artigos no The Guardian, de que a Google e várias outras firmas do Vale do Silicone afirmam terem tido relações com a agência de inteligência doméstica dos EUA.
Assim como a Google estão a Apple, o Facebook, a Microsoft, o YouTube, o Skype, a AOL e o Yahoo que também afirmam que permitiram aos agentes terem acesso aos seus dados para vigiarem usuários sem ordem judicial.
Embora negado enfaticamente pela Google, as acusações contidas nos relatos do escândalo causado pelos relatos de Edward Snowden provocaram uma crise de confiança na companhia, pois os usuários da internet começaram a procurar alternativas para navegar pela internet sem serem vigiados.
Mesmo assim, a Google aposta no seu futuro aumentando o nível de acesso à informação dos seus usuários ao apresentar para eles serviços ainda mais pessoais.
O Google Glass é meramente uma parte de um ecossistema de informação ainda maior da companhia, o qual intenta explorar um novo serviço chamado Google Now, que se apresentará aos usuários com uma série de notícias “faladas” quando eles se logarem.
Ele informará aos usuários sobre o clima local, problemas que eles poderão encontrar ao irem ao trabalho, detalhes de reuniões retiradas de suas contas no Gmail, o resultado de seus times de esporte favoritos e por aí vai.
O serviço é baseado no que a Google chama de Gráfico de Conhecimento, um enorme banco de dados que está crescendo exponencialmente, como diz a reportagem do The Independent.
Apenas um anos após o lançamento do projeto, o Gráfico de Conhecimento reportou que mantém 18 bilhões de fatos de aproximadamente 570 milhões de pessoas.
O próximo passo, explica o Sr. Gomes, é que esse conhecimento esteja “presente em todos os lugares”.
Scott Huffman, o diretor de engenharia da Google, continua essa explicação: “olhando um pouco mais pra frente e… acho que existirá um aparelho que ficará no teto com microfones, e também estará nos meus óculos, ou no meu relógio ou na minha camisa, disse ele.