TRANSHUMANISTAS DESEJAM SER DEUSES
Transhumanismo é um movimento coletivo de materialistas convictos (a maioria deles), esperançosos de que a ciência e a tecnologia substituirá nosso profundo significado, e que eles perderam ao rejeitar quaisquer credos metafísicos. Transhumanistas alimentam sonhos futuristas ao fazer deles mesmos imortais e possuidores do que agora podemos imaginar como superpoderes através de recriações tecnológicas. Para chegarem a esses fins, eles gastam muito tempo e energia discutindo e debatendo questões seríssimas tais como a ética por trás de se transferir a consciência para dentro de computadores e viver para sempre.
Acho tudo isso muito triste. E alarmante. As bases do transhumanismo são recheadas de ambições eugênicas como parte de sua teologia (mais disso depois), que impiedosamente rejeita o excepcionalismo humano. Por exemplo, um dos maiores ativistas do movimento, J. Hughes, tem tentado melhorar um chimpanzé para que tenha atributos humanos para provar que nós não somos especiais!
Utilizei a palavra “teologia” acima, pois, de várias maneiras, o transhumanismo é quase uma religião. Existe um dogma, escatologia e desejos para que se chegue à Nova Jerusalém da vida imortal. E segundo Belinda Silbert, eles desejam ser deuses. Literalmente. Extraído de: “Transhumanismo como uma Ponte para a Divindade”
“Qual é o sentido da vida?” Essa é uma pergunta que os Transhumanistas enfrentam o tempo todo. Muitos de nós desejamos ter uma vida mais longa, de forma que possamos desenvolver todo o potencial que ainda não definido devido ao confinamento do cérebro humano. “Ver a eternidade num grão de areia” é uma coisa, mas VIVER essa eternidade e a experimentá-la multidimensionalmente (com sentidos que estão sendo bloqueados pelo confinamento presente na atual parafernalha humana) seria uma verdadeira glória. Onisciência, onipresença, onipotência E benevolência seria a totalidade do aparato sensorial do novo humano.
Bem, ninguém pode dizer que esse movimento não é ambicioso.
OOO nunca irá acontecer para os humanos é claro. Não consigo imaginar uma religião teística que apóie isso. E o conceito budista de iluminação não é a mesma coisa. Mais uma coisa, se tivermos esse tipo de poder, não seríamos sempre “benevolentes”, mesmo que os transhumanistas achem isso. Considerando as premisas eugênicas, até agora nada temos de benevolente. O poder corrompe. E nos tornando oniscientes, onipresentes e onipotentes, certamente nos corromperíamos completamente.
Silbert fecha o raciocínio com um pouco de “humildade”:
Então o que é a humanidade? Na minha opinião a humanidade é a semente de todo o potencial que pode aflorar naquilo que temos pintado como Divindade. Os limites iriam desaparecer. A verdadeira revelação seria Humana e Divina e seriam a mesma coisa.
Se isso é verdade, por que nós não somos excepcionais? Muito confuso. Mas é como digo há muitos anos, o transhumanismo é uma religião, e religião depende de fé, “a certeza das coisas que estão por vir e a convicção daquilo que não se vê.”